sexta-feira, 28 de março de 2008

Manifesto (Do lat. manifestu-, «manifesto; evidente») acto ou efeito de manifestar;

Manifesto contra a mudança de hora!
Em conversa com o meu amigo Guga e depois de umas jolinhas na Rocha começamos a dissertar sobre a mudança da hora, que vai acontecer já neste fim de semana. E deixo já aqui o meu protesto contra tal situação, sabendo, com toda a certeza, que terei, pelo menos, todo o apoio do meu camarada Guga.
Isto de adaptar a hora segundo o meridiano de Greenwich é uma treta. Alguém nos perguntou se concordavamos com isso? Tiveram os senhores da Comissão Permanente da Hora (isto agora existem comissões para tudo) a preocupação de saber a nossa opinião? Nós, o Zé Povinho que somos quem faz andar o país para a frente? A resposta é um não redondo.
Primeiro: eu não vou reger a minha vida por um tal de meridiano de Greenwich. Um meridiano que é posse de uma bruxa verde que não sabe dizer os t’s... Por favor!!! Não tem credibilidade nenhuma. Se bem se lembram, na primária havia sempre aqueles colegas que não diziam os l’s ou carregavam nos r’s... e eram ou não os mais gozados? Além dos gordinhos e dos que usavam óculos de fundo de garrafa? Não que fossem menos por terem tal particularidade, mas que eram os mais gozados eram. Enfim: eu já não acredito em bruxas muito menos em bruxas verdes que não sabem dizer os t’s. E não me venham com a história do “pero qué las hay, hay!”. Hay mas é em Espanha e se eles quiserem que mudem eles a hora.
Segundo: os defensores da mudança da hora baseiam a dua teoria no facto de “no inverno é bom porque temos mais uma hora para dormir e já não acordamos de noite e ainda saímos das actividades profissionais de dia...”. No verão dizem que “é bom porque apesar de dormir menos uma hora, os dias são maiores e ainda saímos mais tarde de casa e chegamos mais cedo e não sei quê...”. Tretas!!!
Pela parte que me toca, trabalho sempre as mesmas horas seja verão ou inverno, seja noite ou seja dia, faça chuva ou faça sol. É tão doloroso de uma forma ou de outra. Ninguém me paga mais por entrar às 9.00 que dantes eram 8.00 e sair às 18.00 que dantes eram 19.00.
Terceiro: O facto de a hora mudar de sábado para domingo é no mínimo maléfico e cruel para os jovens adultos portugueses.
Se no inverno é mau porque pensamos “Epá, temos mais uma hora para curtir” e nessa hora bebem-se mais 3 ou 4 bacardis, no verão pensamos “Ah e tal, não é por que a hora muda que vou mais cedo para a cama”. E os 3 ou 4 bacardis são bebidos na mesma com a diferença que na segunda-feira seguinte vamos mais debilitados para o trabalho e o rendimento é menor. É por estas e por outras que o país não anda para a frente.
Sinceramente acho que a tal Comissão Permanente da Hora é composta maioritariamente pelas entidades patronais.
Ninguém nos vai compensar pela hora a menos que vamos descansar neste fim de semana. O trabalhinho vai ser o mesmo e com o mesmo número de horas... ou mais porque vamos ter que compensar o fraco rendimento que vamos ter na segunda-feira.
Porque não mudar a hora na primeira quarta-feira de abril? E porque não mudar logo as duas horas, a de verão e de inverno ao mesmo tempo?
A minha sugestão é: na próxima quarta-feira quando forem 12.00 adaptamos ao horário de verão e aí já serão 13.00. Às 13.00 voltamos a adaptar os relógios ao horário de inverno e então serão 13.00. Como estamos em greve tiramos a tarde para ir em excursão para a porta do governo a cantar e não sei quê... Uma tarde ganha! Aproveitamos e ao fim da tarde telefonamos ao papa Ratzis e dizemos que ele tem de vir no dia seguinte para desvendar o 4º segredo de Fátima. O papa não vem cá assim com tanta frequência e como somos todos muito católicos e os nossos patrões também, temos de ter o dia para vermos sua santidade a chegar ao aeroporto da Portela. Aproveitando o tema religioso fazemos com que sexta-feira seja santa (já que está sempre a mudar) e ficamos com mais um feriado... E aí está o fim de semana à porta outra vez!
Assinam a petição?





(Um grande bem haja ao amigo Guga por me ter dado a ideia para a realização deste texto)

Verbos (Do lat. verbu-, «palavra») forma de enunciação do pensamento através das palavras; elocução; forma de expressão;

Tudo se passou numa sexta-feira quando, ao final do dia e aproveitando o facto de ser véspera do dia da mulher, fui ao cabeleireiro esticar a minha farta cabeleira.

Estava eu à espera de ser atendida (coisa muito comum em Marrocos, mesmo que não esteja ninguém na nossa frente), quando chega uma senhora com um ar bastante digno e começa à conversa com a Sra. D. Cabeleireira. O tema era “qual a hipótese de marcar para fazer madeixas este fim de semana”.

À partida não parece um tema nada interessante mas eu (e desculpem-me se sou louca) estava fascinada com a conversa.

Claro que tal marcação era impossível porque a Sra. D. Cabeleireira já tinha a agenda cheia (ou como ela dizia: “tenho aquilo cheio”, tendo nós, deste lado, nos pormos a adivinhar o que será “aquilo”).

Um aparte: não imaginam de como é aqui o dia da mulher! Um monte de mulheres histéricas que se juntam e jantam e vão para a noite, histéricas, de todas as idades, com clações que nem as nádegas tapam e com brilhantes nos sítios menos imagináveis... Uma loucura (de galinheiro, como devem calcular)!

Voltando ao tema central. Mesmo estando com “aquilo” cheio, a Sra. D. Cabeleireira, com a sua simpatia e bondade lá arranjou um buraquinho “naquilo” para a Sra. D. Digna ir lá pôr-se toda jeitosa. A Sra. D. Digna respondeu prontamente que não que aquela hora era inconveniente, era perto do almoço e tal... Mas insistiu que de qualquer maneira, e pegando nas suas palavras, “ Se eu vir de manhã às compras, eu logo passo por aqui.”

“Se eu vir de manhã às compras”??? Será que a Sra. D. Digna tem uma doença rara que só de manhã cega? Tipo “Ah e tal! Das 8.00 às 11.00 não posso trabalhar porque estou de baixa porque tenho uma doença rara em que cego de manhã!!”. Mas mesmo assim não faria sentido.

Faria sentido sim “Se eu vir de manhã as compras” e não “Se eu vir de manhã às compras”.
Mas não. A ideia era mesmo dizer “Se eu vier de manhã às compras...” tal e tal.

Esta é mais uma das particularidades deste povo que dia a dia me vem suspreendendo com os seus hábitos e costumes. Pura e simplesmente eles abuliram o futuro subjectivo do verbo vir da sua gramática.

Presente do indicativo do verbo vir
Eu venho
Tu vens
Ele/Ela vem
Nós vimos
Vós vindes
Eles/Elas vêm

Futuro subjectivo do verbo vir
...eu vier
...tu vieres
...ele/ela vier
...nós viermos
...vós vierdes
...eles/elas vierem

Futuro subjectivo do verbo vir (para os Algarvios)
...eu vir
...tu vires
...ele/ela vir
...nós virmos
...vós ... (este eles não usam)
...eles/elas virem

Coisa mais simples... Alminhas felizardas que têm um verbo a menos para decorar! Temos tantos, se economizarmos... Não são tão tolos como possamos pensar.

E se juntarmos o futuro subjectivo do verbo pôr: “Quando põres gasolina no carro eu logo irei à da ‘nha mãe mais ele”.

Presente do indicativo do verbo pôr
Eu ponho
Tu pões
Ele/Ela põe
Nós pomos
Vós pondes
Eles/Elas põem

Futuro subjectivo do verbo pôr
...eu puser
...tu puseres
...ele/ela puser
...nós pusermos
...vós puserdes
...eles/elas puserem

Futuro subjectivo do verbo pôr (para os Algarvios)
...eu pôr
...tu pores
...ele/ela por
...nós pormos
...vós ...
...eles/elas porem

Mais um tempo verbal poupado. Vai buscaaar!!

Outra particularidade deste magnífico povo é o facto de não se referirem aos objectos e às pessoas através dos seus nomes. Falam sempre d’ele ou d’ela, sendo que nós, tal como já referi, é que temos de perceber de quem ou de quê é que estes seres estão a falar... Não se diz: “Fui com a Ana almoçar à casa da minha avó!”. Diz-se “Fui com ela almoçar à da ‘nha avó!”.

Bem não me vou estender muito mais até porque já me basta ter a cabeça a prémio na vila onde o mar é mais azul.

“Cô brutes, na lutes! C’os moços sã marafados! Deve de ser das besaranhas que lá se fazerem sentir!”.

Resta-me dizer (e convém porque a minha entidade patronal é Algarvia) que, apesar da comunicação ser difícil, os simpáticos habitantes desta região “receberem-me” muito bem e daqui não quero sair! Ao que eles me respondem: “Ma q’jête! Há-des crer e nás de ter!”

quarta-feira, 26 de março de 2008

Pirâmide (Do gr. pyramís, -ídos, «id.», pelo lat. pyramìde-, «id.») qualquer objecto cuja forma seja a deste poliedro;

Sexta-feira, 25 de Março de 2007, sexta feira que por acaso era santa... ou pelo menos assim o consideram. Decidi mudar de ares e render-me à Rocha onde tenho a impressão que meia Espanha passou a Páscoa.
Fui ter com o amigo Guga ao bar do costume (dele) e apresentaram-me um jogo que me fez pensar que se aquilo fosse jogado a dinheiro eu estaria rica: o jogo chama-se “Pirâmide”.
Sorte de principiante (ou não) saiu-me tudo.
O jogo consiste em: fazer uma base de 3 canecas de cerveja, em que só uma está cheia, graças aos santinhos (que abençoam a Páscoa). De seguida põe-se uma base de copo e depois um shot à escolha (tem de ser um copo um pouco maior que os de shot, mas não convém que a quantidade de bebida seja proporcional), depois outra base, outro shot, outra base, outro shot (este já pode ser com um copo mesmo de shot), outra base, outro shot, outra base e por fim um cigarro. Vejam a foto de apresentação acho que é bastante ilustrativa.
Como se joga: com um dado. Cada pessoa lança o dado e se lhe calhar o número 1 vai tirando peças da pirâmide. Ora o cigarro, ora a base de copo, ora o shot, ora a base de copo e assim sucessivamente até chegar à caneca. Obviamente cada vez que se tira o shot tem de se beber. As bases de copos não é preciso serem comidas. Mas por exemplo o cigarro, para quem for fumador sabe sempre bem.
O passo final é: a pessoa que saiu a caneca de imperial tem de a beber até o jogador a seguir lhe sair o numero 1 no dado (atenção que neste caso é sempre o mesmo jogador que joga e não vai rodando pelos outros). Se sair 1 enquanto o outro não acabar a caneca, quem paga é o que está a beber (fosse mais rápido). Se quem está a beber mandar um ganda penalty no caneco e beber aquilo tudo de uma golada e o que está a lançar o dado não tiver tempo sequer para lhe sair o 1, quem paga é o que está a lançar o dado.
E pronto... é uma forma rápida e eficaz de ficar inconsciente, ainda por cima se tiverem a sorte que eu tive que logo no primeiro jogo me saiu tudo excepto um dos shots... até o cigarro me saiu!!!
Experimentem... é engraçado! De preferência experimentem isto em casa, ao contrário do que se costuma dizer.

sábado, 15 de março de 2008

Sonhador (De sonhar+-dor) que está frequentemente alheado ou perdido em devaneios;

A Desgraça do Sonhador

“E vocês sabem o que é um sonhador, cavalheiros? É um pecado personificado, uma tragédia misteriosa, escura e selvagem, com todos os seus horrores frenéticos, catástrofes, devaneios e fins infelizes... um sonhador é sempre um tipo difícil de pessoa porque ele é enormemente imprevisível: umas vezes muito alegre, às vezes muito triste, às vezes rude, noutras muito compreensivo e enternecedor, num momento um egoísta e noutro capaz dos mais honoráveis sentimentos... não é uma vida assim uma tragédia? Não é isto um pecado, um horror? Não é uma caricatura? E não somos todos mais ou menos sonhadores?”

Fiodor Dostoievski, in 'Escritos Ocasionais'

al (Do lat. ale- por aliud, «outra coisa») outra coisa;

sexta-feira, 14 de março de 2008

Boleia (Do fr. volée, «boleia») transporte gratuito em veículo;

Quinta-feira, anunciam na Antena 3 que são seis da tarde. Depois de mais um dia de trabalho desligo os computadores, despeço-me dos colegas e dirijo-me ao carro. Entro e ponho-o a trabalhar. E aí vou eu rumo à Rocha para o relax da minha casa. Passados uns 300 metros vejo uma senhora já com alguma idade a interceptar os carros e penso: “realmente Lagoa é um bidé em que toda a gente se conhece…”. Ando mais um pouco e nisto a idosa prostra-se à frente da minha viatura, dirige-se à porta do lado do pendura que, por pouca sorte minha, estava com o vidro aberto e pergunta-me: “menina, vai para Portimão?”. Eu sem saber o que havia de responder, deu-me um acesso de sinceridade e disse que sim. O que fui eu dizer… A senhora sem sequer hesitar diz: “Ah, ainda bem porque assim dá-me boleia!”. E entra no meu carro como se me conhecesse assim tipo há… 28 anos!

Eu, ainda com o síndrome de Lisboa, pensei em tudo: pôr a velha a pontapé dali para fora, telefonar à polícia, voltar para trás em busca da ajuda dos meus colegas, fazer chamadas a este e ao outro, gritar com todo o fôlego que “Deus me deu”… Enfim… estava em desespero. O que fiz eu? Perguntei: “então e onde é que a senhora quer ficar?”. Ao que a senhora respondeu: “Para onde é que a menina vai?”. Ao que eu respondi: “Vou ali para a zona da Rocha.”. Ao que a senhora respondeu: “Óptimo, dá muito bem para mim!”. Depois disto só me imaginei com a senhora a beber chá ao serão com ela a ensinar-me a fazer crochet… Pensei: “Ela não me vai largar nunca mais!”

Pus o telemóvel estrategicamente num sítio para, caso fosse necessário, fazer um telefonema e ela não dar por isso e lá fomos nós rumo a Portimão apesar de nessa altura eu só pensar que ela era uma bruxa malina (como se diz aqui) e que me levava para um sítio sinistro onde só iria encontrar pessoas com verrugas no nariz e pobres vítimas como eu que não conseguem dizer NÃO a uma velhota que nos pede boleia. Quer dizer: a bem dizer ela não me pediu. Ela impôs-me!!!

Foram os 13 km mais complicados da minha vida. Estes e todos aqueles que eu fazia quando vinha da Ericeira às 7/8 da manhã, aqueles 13 fatídicos km que vão desde a Paz até ao Gradil em que até o condutor fica com vontade de vomitar… Esteja no estado em que estiver.

Bem… a mulher falava mais que um gramofone com pilhas alcaninas duracel novas… Além de falar cantava…

Logo que entrou no carro começou por dizer que adorava cantar e que o fazia em português, inglês, italiano, espanhol e brasileiro… E eu pensei: “Oh meu Deus, que isto vai ser pior do que ir para o tal sítio sinistro!”. Falou-me de si, do seu marido (o seu primeiro e único namorado porque ela tinha vergonha de namorar com os outros, porque não é dessas que andam para aí a namoriscar com este e com aquele), dos seus filhos (que são quatro e que já lhe deram 2 netinhos e que um (dos filhos) tem 44 anos e é casado com uma alemã e têm uma filha com 4 anos que se chama Mara que nasceu no dia 22 de Fevereiro que foi o dia em que ela (a idosa) casou, e do outro que está a estudar para engenheiro técnico em Faro e do outro que não me lembro e da outra que tem um marido que é uma jóia de pessoa apesar da filha ser um bocado marafada), dos seus netos (que lhe fizeram um poema no natal que começava “Minha avó, minha linda avó, eu gosto muito de ti, porque tu cantas muito bem… não me lembra o resto), de que foi convidada para cantar num bar na praia da Rocha onde estava um inglês a tocar e ela sabia a musica que ele estava a tocar, mas em português e que ele no fim lhe pediu a letra, que no casamento da filha foi ela que cantou e foi ela que arranjou o reportório, que gostava muito de dançar e que andava sempre nos bailaricos e que dançava sempre com o mesmo moço (que não era o namorado mas nunca nada se passou entre eles), que adorava Amália e que a filha lhe tinha dado um livro que mais tarde se soube que a Amália também tinha lido… Enfim… Muita informação depois de um dia de trabalho!

Mas a melhor parte foi a das cantorias. Começou por me cantar uma que tinha qualquer coisa a ver com Pernambuco, passando depois a uma musica que não percebi se era italiana se espanhola (não sou muito boa a línguas).

Interrompeu para me perguntar se eu era de Lisboa. Foi o auge. Eu disse-lhe que sim e ela brindou-me com fados da Amália, música de marchas populares… Uma panóplia de sons do mundo.

Isto tudo estava a ser muito engraçado enquanto estávamos na N125. Agora imaginem-me com uma velhota no centro de Portimão, onde há semáforos vermelhos de 20 em 20 metros (e pessoas a passar nas passadeiras a olharem perplexas para dentro do meu carro), velhota essa que estava a cantar aos berros. E ainda por cima não podia fechar os vidros devido ao calor (sim porque nós por cá estamos com temperaturas de 25 graus), além de que se fechasse os vidros os movimentos vibratórios consequentes dos decibéis saídos da garganta daquela alma iriam provocar estragos com toda a certeza…

No meio das cantorias e do relato da sua vida pessoal, a Sra. fez-me algumas perguntas: Se eu era casada, se eu tinha filhos, se eu era católica… Ao que eu respondi a todas: não. Ao que ela comentou “Não faz mal”. Pois não, não faz mal. Apesar de tu teres invadido o meu veículo ainda sou eu que controlo a minha vida… acho eu!!!

Bem… lá deixei a Sra. no seu destino e acabou tudo por correr bem.

No final a Sra. perguntou se tinha sido muito maçadora. Pela primeira vez nesse dia consegui superar os meus acessos de sinceridade e disse: “Que jeito maçadora? Até me fez companhia!”

quinta-feira, 13 de março de 2008

Publicidade (De público+-i-+-dade, ou do fr. publicité, «id.») acto de dar a conhecer um produto ou conjunto de produtos, incitando o seu consumo;

A tmn mudou a minha vida. Não só porque desde que a conheço a minha carteira anda muito mais vazia, mas principalmente, desde o natal que passou, fez com que eu estivesse ansiosamente, nos intervalos dos programas menos interessantes, à espera que me brindassem com a sua publicidade.

Se o primeiro anuncio do “triplicar o saldo” já era muito bom…

O 2º supera qualquer expectativa…

Será que é por encontrar tantas semelhanças entre mim e o Belchior que tenho momentos de euforia a ver este anúncio?

Bem haja, TMN! Estás quase perdoada por todo o mal que me tens feito!!!

(P.C.P: encontro algumas semelhanças neste anuncio com passeios feitos na companhia da Joana e da Diana… hummmmm!!!)

terça-feira, 11 de março de 2008

Pecado (Do lat. peccátu-, «id.») transgressão de qualquer preceito ou regra, principalmente ético ou moral; culpa; falta;

Cada vez há mais esperanças de nos encontrarmos no mesmo sítio após esta nossa estada no mundo dos vivos. Para uns mais curta, para outros menos. Estou convencida que tanto eu como a maioria dos meus amigos pertencemos ao 2ª grupo, a avaliar pela vida que levamos… não sei: é mesmo só uma impressãozinha.

Ora se já sua santidade o Papa Gregório I já nos tinha facilitado a vida, no longínquo século VI, ao estabelecer que os sete pecados mortais seriam gula, avareza, preguiça, raiva, luxúria, inveja e orgulho, o Sumo Pontífice, Papa Bento XVI, Ratziger para os amigos, vem dar mais um empurrãozito estabelecendo que, para além dos demais anteriormente falados, actos como pedofilia, aborto, poluição do ambiente, pobreza extrema de uns e riqueza escandalosa de outros, tráfico de droga e realização de experiências de manipulação genética, nomeadamente com embriões, dão-nos como que uma via-verde na autoestrada para esse lugar sinistro, odiado por uns e amado por outros. Não é que a ideia de viver num sítio extremamente quente e sem um mar fresquinho para me banhar me agrade, mas para estar sozinha num sítio onde não conheço ninguém (ou quase) já me bastou ter vindo para Marrocos.

Se há pecados que entendo que sejam mortais, mas daqueles mortais em que poríamos o pecador em praça publica à mercê do nosso povo que por vezes consegue ser bastante cruel, e bem (falo-vos obviamente da pedofilia) e aqueles que, para não ferir susceptibilidades, não vou sequer comentar, tais como aborto, poluição do ambiente, tráfico de droga e realização de experiências de manipulação genética, nomeadamente com embriões, outros há que não consigo entender o porquê de serem tão ruins, visto que é quase impossível evitá-los. Acho que sua santidade o Papa devia fazer um update e repensar os pecados mortais.

Expliquem-me por exemplo como é possível condenar alguém que não consiga resistir a um MacMenu de Bacon num dia de ressaca, ou ficar mais 30 minutos na cama nas manhãs de trabalho ou mesmo estar na praia e observar os corpos dourados em V que se andam a passear?

Já aqueles gajos que se dizem nossos amigos que nem um copo pagam ao pessoal, esse sim devem ser condenados.

Em relação à inveja e ao orgulho, não tenho bem opinião formada. Eu própria quando vejo anúncios como os dos iogurtes corpus danone (passo a publicidade) ou quando penso na Melanie Grifith no leito de António Banderas, sinto, assim, uma certa dor de cotovelo. Orgulho já senti muito… nos tempos áureos do meu Benfas!!! (Será que a saudade alguma vez se vai tornar pecado mortal? Se se tornasse agora, iria direitinha para o lado de Satanás.)

Existem dois ditos pecados mortais que me chocam particularmente porque não depende da própria pessoa mas sim de duas entidades soberanas. A pobreza extrema de uns e riqueza escandalosa de outros. Ratzis, por mais que queira isto não depende de mim. Depende essencialmente da minha entidade patronal e da nossa entidade “Sócratal”… Tem piedade de nós e se tiveres contas a ajustar fala directamente com eles e não comigo ou com o mortal Zé Povinho.

Um ultimo comentário me compete fazer aqui. Estou reticente em relação ao estado de saúde do Brad Pitt. Esse fofinho cinematográfico que tão bem fica nas nossas televisões e que tão bem ficaria deitado no nosso leito, ou de avental na nossa cozinha. Se o homem sofreu o que sofreu a fazer um filme em que só havia 7 pecados mortais, imaginem agora que há 13? Se a primeira versão, o Seven tinha 128 minutos, a nova versão, o Thirteen, terá 237,714285714 minutos. Anda cá coisa linda que eu ajudo-te a superar tal agonia!!!

segunda-feira, 10 de março de 2008

Resultado I (Do lat. resultátu-, «id.», part. pass. de resultáre, «saltar para trás; ecoar», pelo fr. résultat, «resultado») deliberação; resolução;

E eis que chegam os tão esperados resultados do teste “Se tu fosses uma matrícula, qual escolherias?”.

Peço já desculpas em nome da Dra. mas um triste episódio lhe aconteceu e, soube ontem em reunião com ela, que a tão digna personagem teve de meter baixa por causa de um acidente que sofreu. Como tal ainda não teve tempo para fazer a análise completa de todos os resultados e por isso, hoje, apresento apenas a avaliação feita a quem escolheu a primeira matrícula.

Antes demais, deixo aqui a justificação para tal atraso do diagnóstico da Dra.

Estava ela (vamos-lhe chamar “G”) a ir em mais uma das sua digressões para a Mongólia, para dar continuidade ao seu estudo sobre o tema “Como a escolha de uma matrícula influencia o bem estar do individuo e a sua relação com a sociedade em que se insere e suas consequências no movimento sócio-cultural da Mongólia”, quando ao atravessar o Deserto de Gobi, é brutalmente agredida por duas espécies existentes no local, o camelo-bactriano (Camelus bactrianus) e o cavalo-de-przewalski (Equus przewalskii), aparentemente movidos pelos ventos que percorrem o deserto a uma velocidade de até 30 metros por segundo. Estes animais, segundo consta, ficam de certo modo atordoados ao sentir estas brisas… Não é só a eles que acontece: no Algarve, por exemplo, os “camelos” ficam atordoados quando está o chamado Sueste. Os camelos e as camelas, porque eu própria já tenho tido a má experiência do que é lidar com o Sueste, ou o levante, ou o raio que o parta, que me deixa nauseada, com dor de cabeça e com muito pouca vontade de trabalhar.

Adiante.

Dra. G ficou assim, de certo modo, um pouco molestada após contacto com tais animais mongoleses.

Foi transferida de imediato para o hospital de Ulaanbaatar, visto que o centro de saúde mais perto tinha sido fechado, após a nova reforme da saúde que se implantou no país.

Um aparte: o presidente deles tem de nome Tsakhiagiyn Elbegdorj. Não começa por S, nem acaba em S, nem tem ácrate pelo meio (como diria o grande Nuno Markl).

Devido às elevadas altitudes do país, Dra. G, ficou como que com um zumbido nos ouvidos e elouqueceu.

Só recuperou passadas 2 semanas e começou logo a analisar o resultado do teste. Devido ao seu estado ainda um pouco debilitado, peço aqui desculpa por algumas falhas que possa haver. Não garantindo 100% de credibilidade nos teste, mas andando lá muito perto passo de seguida à análise feita por tão corajosa Dra. G. Um bem haja e rápidas melhoras é o que lhe desejo, em meu nome e nome de todos aqueles que visitam este blogue.

Vamos passar agora à análise.

A mesma é muito simples. Consiste em passos básicos: análise dos números, das letras, da junção dos dois e também da completa imparcialidade da Dra. G.

- Para quem escolheu 33-03-SO (4 votos = 21%)

3+3+0+3=9

O número 9 está associado ao altruísmo, à fraternidade e à espiritualidade.

Portanto, se escolheste esta matrícula, peço desculpa pela sinceridade mas és uma seca. Valores como estes já lá vão. Queres ser Mahatma Gandhi (com todo o respeito, claro) vai lá para a Índia que aqui a malta curte é de beber copos e cantar fado.

O teu destino de férias favorito é o arquipélago da Madeira, o que é indicado através das letras SO, que significam sudoeste. Ora a sudoeste de Portugal (continental) fica o dito. Daqui pode também tirar-se a conclusão de que és um amante de Alberto João Jardim… Gostos não se discutem… lamentam-se!

Dado que o teu número é o 9 gostarias certamente de ter nascido no dia 9 de Setembro. Ora segundo consta, quem nasce a dia 9, ou quem gostaria de ter nascido neste dia, tem características como a bondade e humanitarismo, tem aptidão actuar em sectores de carácter filantrópico ou onde possa expressar sua sabedoria. Uma vez totó, para sempre totó.

Outra avaliação pode ser feita: ao escolheres esta matrícula assumiste-te como um tarado sexual. SO é nitidamente a abreviatura de “sex obcession”. E não só. Se analisarmos os números da matrícula no seu todo e pegando no primeiro conjunto observa-se que 3+3=6. Pegando agora nos dois conjuntos, 3+3+0+3=9. 6 e 9, 69… Não precisa de comentários pois não?

Enxoval (Do ár. ax-xauar, «dote de casamento») colecção de objectos necessários para o serviço e uso de uma pessoa que vai montar uma casa;

Amigos, conhecidos e visitantes deste fantástico blogue.

Diz que vou casar para o ano e como tal gostaria de vos fazer aqui um pedido.

Como alguns de vocês sabem tenho um fetiche qualquer com pufes apesar de o meu querido pai me dizer insistentemente que “aquilo faz dor de dentes”. Como tal, em vez de envelopes, quero enriquecer o meu enxoval e como prenda de casamento quero um pufe muito especial. Podem encomendar na internet através de:

http://www.loveyourmouse.com/awards/cannes/tokstok/kamasutra.html

É caso para dizer: “Querido, vem aqui sentar-te a meu lado, para eu te passar a mão pela cabeça!”

Recado (Deriv. regr. de recadar) mensagem verbal ou escrita enviada por uma pessoa a outra


A pedido da minha “C.” que recebeu o pedido da Hipotenusa aqui fica...

http://8lue5pirit.blogspot.com/2008/03/jantarada-com-malta-fixe.html

Combinem lá isso! A malta quer é festança.

domingo, 9 de março de 2008

Torre (Do lat. turre-, «id.») construção alta e estreita;

Hoje foi um dia trágico para mim. Apercebi-me que o mundo não gira à minha volta e que não nem sempre sou o centro das atenções.

Apercebi-me também que tenho a mania da perseguição, mas que há pessoas com vidas bem piores que a minha.

Hoje pensei: “Ainda bem que me livrei daquilo!!”

Fica aqui um relato de alguém que merece todo o nosso apoio e carinho… Esta mulher vive nas trevas e só uma demolição a poderá salvar…

sábado, 8 de março de 2008

Mulher (Do lat. mulière-, «mulher») pessoa adulta do sexo feminino; pessoa do sexo feminino depois da puberdade;

“Tu...
filha, mãe, esposa

Tu... negra, branca, índia
alta, baixa, obesa, curvilínea
Tu... bela, feia, encanto, sem beleza
empresária, doméstica, professora, mulher de limpeza
Tu... crente, amante, prostituta, descontente
Tu... mulher
deixa as mágoas (por instantes) e canta com a gente!”


A todas as mulheres do mundo e em particular às “minhas” mulheres um grande beijinho de parabéns! Somos lindas. Pena é que só nos lembremos disso neste dia…

Emprego (Deriv. regr. de empregar) ocupação remunerada; aplicação ou exercício de faculdades;

Pois é… viver, trabalhar, sobreviver no Algarve não é fácil. Estou longe da família e dos amigos e as saudades apertam a cada dia que passa. A vida é caríssima, é como se todos que cá vivem fossem reformados vindos de terras de sua majestade (e por acaso não anda muito longe disso…).

E o trabalho… Meu Deus! É difícil…

O Algarve é um destino de férias e para quem pensa que vir trabalhar para o Algarve é como se viesse tirar umas férias prolongadas engane-se. Aqui trabalha-se, produz-se…

E as condições? Esquece…

Quinta-feira passada tive de sair da sede da empresa e ir a uma das sucursais… Vejam só as condições de trabalho que me deram…



Depois de ver isto pensei seriamente queixar-me ao sindicato.

(Desculpem-me a fraca qualidade da fotografia, mas nem luz suficiente tinha para a tirar)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Rum (Do ing. rhum, «id.») aguardente obtida da destilação do melaço depois de fermentado;


Em mais um dos meus momentos de reflexão e ansiando a chegada do fim de semana pus-me a pensar que nunca mais era dia de ir beber um copo com os amigos. Como ir beber um copo com os amigos significa ir beber uma “Cuba Libre” com os amigos, uma dúvida me surgiu: de onde virá o nome “Cuba Libré”. Como surgiu? Porquê?
Ainda bem que vivemos na era cibernauta em que a resolução das nossas duvidas está à distância de um clique no site www.google.pt.

Para quem estiver interessado, seguidamente vem a explicação.

“A Cuba Libre foi criada durante a guerra Hispano-Americana, aquando da 2ª Guerra Mundial (1895 a 1898).

Um dia, um grupo de soldados americanos reuniu-se num bar de Havana Velha. Fausto Rodriguez, um jovem oficial, contou mais tarde que um capitão entrara e pedira rum com coca-cola em gelo com um quarto de limão verde. Um pedido que suscitou a curiosidade dos soldados que o cercavam. Eles pediram ao empregado de bar que lhes servisse a mesma bebida.

Depois de pedirem uma nova rodada, um soldado sugeriu um brinde “Por Cuba libre!” para festejar a libertação de Cuba. O capitão ergueu o seu copo e pronunciou o grito de guerra que tantas vezes motivara as tropas durante a guerra da Independência: “Cuba libre!”. Assim nasceu a Cuba libre!

A receita foi guardada por alguns empregados de bar, mas só conheceu o verdadeiro sucesso alguns anos mais tarde durante a proibição aos Estados Unidos entre 1919 e 1933. O fabrico, o transporte, a importação, a exportação e a venda de bebidas alcoólicas eram proibidos. Esta lei anti-álcool foi um factor de crescimento para a máfia italo-americana que rapidamente se apercebeu que Cuba era um ponto estratégico para fazer entrar e tirar partido do álcool nos EUA. Existiam duas simples razões: Cuba produzia rum e a costa americana estava a apenas 200km.

O tráfico de cubas de Rum começara, mas nos portos americanos eram frequentes os controlos pelas autoridades e depressa o rum era descoberto, transformando certas importações em fiascos. Os padrinhos da máfia tinham recursos e logo trataram de importar cubas cheias de Cuba libre, cortando desta forma o odor e o aroma do rum, tornando-se mais fácil passar nas alfândegas.
Nos bares americanos controlados pela máfia bebia-se muita Cuba libre.

A origem da receita e até o nome deixaram a sua marca. Tanto a máfia como alguns consumidores clandestinos, inspirados já por algumas bebidas a mais, gostavam de brincar a jogos de palavras, contar anedotas e brincar com o facto de que foneticamente “Cuba libre” queria também dizer cuba livre em cubano, gozando ao mesmo tempo com as autoridades enganadas pela importação clandestina de cubas. Era o início do sucesso da Cuba libre…”

(Este texto é da inteira responsabilidade de Sónia Joaquim)

Ingredientes* (para quem ainda não sabe):

· 6 cl de rum cubano (havana club, bacardi, etc.)

· 4 cl de limão verde

· 15 cl de refrigerante de cola (coca-cola, pepsi, etc.)

*As quantidades para os “Bacardi Team” poderão ser triplicadas.

E pronto… Espero ter contribuído para um pouco mais da vossa extensa cultura.

Ai que sede com que fiquei…

segunda-feira, 3 de março de 2008

Matrimónio (Do lat. matrimonìu-, «id.») união legítima, de carácter civil ou religioso, entre duas pessoas; casamento; união conjugal;


Meus lindos recém-casados! Agora que já disseram o SIM oficialmente (coisa que já o tinham dito há muito) só me resta desejar o melhor do mundo para vocês e para a vossa filhota que está quase aí a "rebentar" para vos encher de orgulho.

O vosso casamento foi lindo, tal como vocês estavam, e acho que posso dizer, em nome de todos, que nos divertimos imenso e que ficamos muito lisonjeados por termos sido convidados para tal evento e assim podermos partilhar a vossa felicidade.

Só vos peço para serem felizes, muito felizes!

Um grande beijinho para os dois!

Daqui a dois mesinhos mandarei para os três :-)

Bissexto ['eiS] diz-se do ano em que o mês de Fevereiro tem 29 dias;

Outra pessoa que, de forma alguma, me posso esquecer de referenciar aqui é o meu amigo Jotta, que espera ansiosamente (ou não), para que cheguem os anos bissextos, para assim, ser uma pessoa igual às outras e fazer anos!!!

Parabéns "maninho"! Finalmente fizeste 9 aninhos.

Muitos parabéns "Belhote" e que daqui a 4 anos possa estar aqui para te deixar mais uma mensagem similar a esta!!!

Beijosssssssss!

domingo, 2 de março de 2008

Parabéns (De parabém) felicitações; congratulações;

Não posso deixar de deixar aqui uma mensagem de parabéns à minha amiga Ana Póvoas, a minha primeira amiga Tecniana, que está hoje de parabéns pelo seu 14º e mais uns aniverário.

Anita: desejo tudo de bom para ti! Que este ano (e os próximos, já agora) te tragam tudo, tudo, o que desejas e mereces. Continua como és... estás no bom caminho :-)

Um grande beijinho muito especial!