terça-feira, 11 de março de 2008

Pecado (Do lat. peccátu-, «id.») transgressão de qualquer preceito ou regra, principalmente ético ou moral; culpa; falta;

Cada vez há mais esperanças de nos encontrarmos no mesmo sítio após esta nossa estada no mundo dos vivos. Para uns mais curta, para outros menos. Estou convencida que tanto eu como a maioria dos meus amigos pertencemos ao 2ª grupo, a avaliar pela vida que levamos… não sei: é mesmo só uma impressãozinha.

Ora se já sua santidade o Papa Gregório I já nos tinha facilitado a vida, no longínquo século VI, ao estabelecer que os sete pecados mortais seriam gula, avareza, preguiça, raiva, luxúria, inveja e orgulho, o Sumo Pontífice, Papa Bento XVI, Ratziger para os amigos, vem dar mais um empurrãozito estabelecendo que, para além dos demais anteriormente falados, actos como pedofilia, aborto, poluição do ambiente, pobreza extrema de uns e riqueza escandalosa de outros, tráfico de droga e realização de experiências de manipulação genética, nomeadamente com embriões, dão-nos como que uma via-verde na autoestrada para esse lugar sinistro, odiado por uns e amado por outros. Não é que a ideia de viver num sítio extremamente quente e sem um mar fresquinho para me banhar me agrade, mas para estar sozinha num sítio onde não conheço ninguém (ou quase) já me bastou ter vindo para Marrocos.

Se há pecados que entendo que sejam mortais, mas daqueles mortais em que poríamos o pecador em praça publica à mercê do nosso povo que por vezes consegue ser bastante cruel, e bem (falo-vos obviamente da pedofilia) e aqueles que, para não ferir susceptibilidades, não vou sequer comentar, tais como aborto, poluição do ambiente, tráfico de droga e realização de experiências de manipulação genética, nomeadamente com embriões, outros há que não consigo entender o porquê de serem tão ruins, visto que é quase impossível evitá-los. Acho que sua santidade o Papa devia fazer um update e repensar os pecados mortais.

Expliquem-me por exemplo como é possível condenar alguém que não consiga resistir a um MacMenu de Bacon num dia de ressaca, ou ficar mais 30 minutos na cama nas manhãs de trabalho ou mesmo estar na praia e observar os corpos dourados em V que se andam a passear?

Já aqueles gajos que se dizem nossos amigos que nem um copo pagam ao pessoal, esse sim devem ser condenados.

Em relação à inveja e ao orgulho, não tenho bem opinião formada. Eu própria quando vejo anúncios como os dos iogurtes corpus danone (passo a publicidade) ou quando penso na Melanie Grifith no leito de António Banderas, sinto, assim, uma certa dor de cotovelo. Orgulho já senti muito… nos tempos áureos do meu Benfas!!! (Será que a saudade alguma vez se vai tornar pecado mortal? Se se tornasse agora, iria direitinha para o lado de Satanás.)

Existem dois ditos pecados mortais que me chocam particularmente porque não depende da própria pessoa mas sim de duas entidades soberanas. A pobreza extrema de uns e riqueza escandalosa de outros. Ratzis, por mais que queira isto não depende de mim. Depende essencialmente da minha entidade patronal e da nossa entidade “Sócratal”… Tem piedade de nós e se tiveres contas a ajustar fala directamente com eles e não comigo ou com o mortal Zé Povinho.

Um ultimo comentário me compete fazer aqui. Estou reticente em relação ao estado de saúde do Brad Pitt. Esse fofinho cinematográfico que tão bem fica nas nossas televisões e que tão bem ficaria deitado no nosso leito, ou de avental na nossa cozinha. Se o homem sofreu o que sofreu a fazer um filme em que só havia 7 pecados mortais, imaginem agora que há 13? Se a primeira versão, o Seven tinha 128 minutos, a nova versão, o Thirteen, terá 237,714285714 minutos. Anda cá coisa linda que eu ajudo-te a superar tal agonia!!!

Um comentário:

Spirit disse...

Bem... nem sei por onde começar...

Ter um nazi como Papa é de uma ambiguidade suprema (ou não…). Acho melhor não me alongar muito com este ponto não vá o teu Livro das Reclamações encher!

No que confere unicamente a pensar no filme "Thirteen"... parece-me bem que os pecados mortais aumentem... talvez mesmo para um número muito mais elevado... assim... uns 50! :D
O que eu ia a-d-o-r-a-r uma boa trilogia pecaminosa com o Brad das Pitas como actor principal...

Também me apraz comentar que os originais sete pecados mortais são totalmente do meu agrado DESDE QUE estejamos a falar dos quadros que fizeste para o meu 32º aniversário :)
Thank you once again :)

Pessoalmente vejo-me envolvida em alguns dos pecados mortais… nomeadamente a preguiça e a gula… hum… quem não gosta de um domingo a fazer mappling com umas valentes espreguiçadelas pelo meio? E quem pode dizer que uma bela jantarada com os amigos (daquelas que duram toda a noite, recheadas de tudo quanto faz mal à saúde) não é bem vinda? Eu até me babo só de pensar ;) E quem já não sentiu ciúme de qualquer coisa? Hum? Quiçá mesmo da Angelina Jolie? Hum?

Querida C… este é um belo tema… fico à espera do “Thirteen” :D

Beijos
Vanda